Radhannya - A Internet Sem Lei

terça-feira, 1 de maio de 2012

Cristianismo – A História Secreta




Texto de Michelle Veronese



Em 1945, um pastor encontrou um jarro de cerâmica numa gruta próxima a sua aldeia no Egito. Ao abri-lo, achou vários livros escritos em idiomas que ele não compreendia. Algumas folhas amareladas serviram alimentaram o forno a lenha de sua casa. As restantes caíram nas mãos de um religioso local, circularam no mercado de antiguidades e foram resgatadas por um funcionário do governo egípcio. Mais tarde, descobriu-se que a “lenha” era um tesouro de valor incalculável: a coleção de Nag Hammadi, 13 livros com 1 600 anos e histórias que a Igreja tentou abafar durante todo esse tempo. Mas não conseguiu. Depois de sobreviver ao tempo e à censura religiosa, o achado tornou-se o maior e mais importante acervo de evangelhos apócrifos, literatura que tem ajudado a elucidar vários mistérios sobre as origens do cristianismo.
Tesouro dos primeiros cristãos

A maioria dos escritos de Nag Hammadi foi produzida entre os séculos 1 e 3 e seus autores faziam parte das primeiras comunidades cristãs. Nesse acervo, é possível conhecer livros que ficaram de fora do Novo Testamento, como evangelhos de Tomé e Tiago. O interessante desses relatos é que destoam bastante do que aparece na Bíblia. Neles, Jesus tem um lado humano, Madalena é uma grande líder, Deus é um princípio masculino e feminino... Diferenças polêmicas que deixam claro por que os apócrifos sempre foram uma pedra no sapato da Igreja. “Eles representavam outro cristianismo, não oficial, marginalizado”, explica o padre e teólogo Luigi Schiavo, professor do Departamento de Ciências da Religião da Universidade Católica de Goiás. “Eles têm grande valor histórico e religioso porque mostram novas interpretações sobre a figura de Jesus na origem do cristianismo”, enfatiza o especialista.

Naquela época não havia um cânone – nome dado ao conjunto oficial de livros que compõem a Bíblia – mas vários textos, cada qual escrito pelas diferentes seitas existentes, que registravam seus próprios valores e crenças sobre a origem do mundo e da vida, sobre Deus e o messias. E havia muitas divergências. Os docetas, por exemplo, negavam a realidade material de Cristo. Consideravam que Jesus possuía um corpo etéreo e que, por isso, não nasceu nem foi morto na cruz e muito menos ressuscitou. Os ebionitas, por sua vez, defendiam que Jesus tinha nascido de forma natural e só depois de batizado é que Deus decidiu adotá-lo. Já os ofitas acreditavam que Caim era o representante espiritual mais elevado. Para eles, a morte de Jesus foi um crime do Universo, mas um evento necessário para a salvação da humanidade.

Um dos grupos mais influentes do cristianismo primitivo foi o dos gnósticos, que adotavam uma vida ascética, negavam a matéria e acreditavam que o conhecimento era o caminho para a salvação. Algumas facções também defendiam que Deus possuía um princípio masculino e outro feminino. De fato, as mulheres desses grupos atuavam como mestras, líderes e profetisas – uma idéia ainda hoje revolucionária para a Igreja.
E havia também o chamado cristianismo apostólico, baseado nas narrativas dos primeiros discípulos de Jesus. Eles contavam que o messias havia morrido na cruz para salvar a humanidade e aos seguidores cabia a missão de espalhar sua mensagem pelo mundo. Essa tradição começou a ser registrada por volta dos anos 30 e 40 do século 1, em livros como os evangelhos de Marcos, Mateus, Lucas e João. Esses textos eram lidos por muitos grupos, que os consideravam os relatos mais antigos e precisos da vida de Cristo.

A babel de cristianismos resistiu até o século 2, quando alguns bispos decidiram organizar as Escrituras. “Eles precisavam adotar um cânon definitivo para que a religião pudesse se expandir”, explica o frei Jacir. Mas para isso não adiantava traduzir os textos para várias línguas e divulgá-los entre vários povos. Era preciso aparar as diferenças e chegar a uma espécie de “versão oficial”. Na hora de selecionar os livros, o espírito democrático que permitiu a existência das diferentes versões deu lugar às disputas de poder.

Por uma versão oficial

As igrejas maiores e mais influentes tentaram impor seus textos, o que as menores não aceitavam. Havia debates e acusações mútuas de heresia entre elas. A peleja continuou até o século 4, quando tudo indicava que o cristianismo apostólico iria prevalecer sobre os outros cristianismos. Seus 4 evangelhos já eram populares naquela época e, desde o século 2, eram elogiados pelos pensadores da Igreja. Mas faltava tornar esses livros oficiais.
Foi quando o imperador de Roma, Constantino, entrou em cena e interveio no impasse. 

Na época, com o império em crise, ele precisava de uma bandeira para justificar a expansão e convencer outros povos a aceitarem seu domínio. E a solução estava numa aliança com os cristãos, que por sua vez desejavam espalhar a mensagem de Jesus mundo afora. “Constantino percebeu que era uma grande oportunidade e decidiu fazer do cristianismo a religião oficial do império”, explica o frei Jacir.
Os cristãos deixaram de ser perseguidos em 313 e apenas 12 anos depois seus bispos foram convocados para o Concílio de Nicéia, primeiro passo dado para a criação do Novo Testamento. Na reunião, os evangelhos de Marcos, Lucas, Mateus e João foram escolhidos para narrar a biografia de Jesus por uma razão simples: expressavam a visão dominante na Igreja. E todos os demais foram considerados apócrifos, falsos e perigosos para o estabelecimento do novo livro.
Começou, então, a perseguição a todos que ousavam discordar da recém-formulada Escritura Sagrada. Os gnósticos, docetas, ebionitas e ofitas foram acusados de heresia. Os que insistiam em desrespeitar o cânon eram punidos com a excomunhão ou a morte. Dezenas de livros – ou centenas, já que ninguém sabe ao certo quantos eram – foram destruídos ou queimados. Foi nessa época que alguém decidiu esconder 13 volumes numa gruta, na aldeia de Nag Hammadi, no alto Egito – talvez um cristão perseguido ou um monge do Mosteiro de São Pacômio, que ficava ali perto. Eram evangelhos, cartas e atos dos apóstolos escritos em copta, língua falada pelos cristãos do Egito. O tesouro só foi descoberto 16 séculos depois, por aquele pastor que apresentamos lá no começo, e hoje está no Museu Copta do Cairo, à disposição do público.

O legado

Além desses, muitos outros apócrifos foram excluídos da Bíblia. É o caso dos Manuscritos do Mar Morto, descobertos em 1947, que apresentam cópias de livros do Antigo Testamento, deixadas pela seita judaica dos essênios. E do Evangelho Segundo Judas, descoberto na década de 1970, que conta uma história diferente sobre o discípulo que traiu Jesus. No total, são mais de 100 livros de valor inquestionável para os estudiosos das Escrituras. “São documentos essenciais para compreender a história do cristianismo no 1º e 2º séculos”, afirma o teólogo Paulo Nogueira, professor da Universidade Metodista de São Paulo.
Os apócrifos revelam que o Novo Testamento não nasceu pronto e acabado e que os textos que servem de base para a atual doutrina cristã passaram por um complicado processo de “edição”. Também deixam claro que, ao contrário do que se imaginava, o cristianismo praticado hoje não era o único nos primeiros séculos. Existiam vários cristianismos, cada um com sua própria interpretação da vida de Jesus e seus ensinamentos. Quem lê os escritos deixados por esses grupos pode conhecer outros pontos de vista sobre uma história contada há mais de 2 mil anos.
No entanto, é necessário afrouxar o julgamento antes de mergulhar na leitura. “Devemos compreender esses livros de modo ecumênico e tentando dialogar com os cristianismos de origem”, sugere o frei Jacir. É verdade que esse textos, muitas vezes coloridos e aberrantes, costumam chocar o leitor de primeira viagem. “Mas alguns também podem complementar a nossa fé”, adianta Jacir. Uma prova de que eles não são apenas uma “ameaça” aos cânones da Igreja Católica estão na religiosidade popular e na arte sacra, que buscaram inspiração nas histórias apócrifas. A famosa história dos 3 reis magos que levaram presentes ao menino Jesus e tudo que inspira os presépios natalinos, por exemplo, vêm dos evangelhos apócrifos.


Magdala, a favorita de Jesus

Apócrifos revelam que Maria despertava o ciúme dos apóstolos e que Jesus a beijava na boca
Maria Madalena – ou Miriam de Magdala, como está no hebraico – aparece nos apócrifos como uma mulher sábia e respeitada por Jesus. Ela acompanha o mestre em suas pregações e o ajuda a liderar os primeiros cristãos. O Evangelho de Filipe, do século 2, conta que ela era a seguidora preferida de Cristo, o que despertou o ciúme dos outros apóstolos. “Por que a amas mais que a todos nós?”, perguntavam eles ao Senhor. Uma passagem que ainda enfurece muitos cristãos diz que "o Senhor amava Maria mais do que a todos os discípulos e a beijava freqüentemente na boca". A liderança de Madalena também é mencionada no evangelho apócrifo que leva seu nome, também do século 2. Numa passagem, Pedro questiona: “Devemos mudar nossos hábitos e escutarmos todos essa mulher?” O texto revela que, apesar dos preconceitos, ela consegue se impor. É uma imagem distante da mulher impura e pecadora que a tradição da Igreja enfatizou durante séculos. Em 1969, o Vaticano reconheceu que houve uma confusão na interpretação das Escrituras (ela teria sido confundida com a pecadora que unge os pés de Jesus no Evangelho de Lucas) e retirou a denominação de prostituta que durante séculos pesou sobre Maria Madalena.

A redenção de Judas

Judas teria entregue Jesus a seu pedido
A história do discípulo que traiu seu mestre por 30 moedas de prata é uma das mais conhecidas do cristianismo. Segundo o Evangelho de Judas – um manuscrito copta (língua falada pelos antigos egípcios) escrito entre os séculos 3 e 4 – o apóstolo pode ter sido condenado injustamente pela história. No texto, descoberto nos anos 70, no Egito, o personagem mais odiado do cristianismo aparece como o discípulo mais próximo e querido de Jesus. Ele denuncia o mestre às autoridades romanas a pedido do próprio Messias, num plano que seria essencial em sua missão de salvar a humanidade. “Nesse contexto, a figura de Judas representa o ideal do discípulo que, recebida a iluminação, cumpre a vontade de Deus, mesmo que ela tenha a ver com a entrega de Jesus à morte”, diz o teólogo Luigi Schiavo. Na versão do Novo Testamento, Judas enforca-se, arrependido. No texto apócrifo é diferente. Ao compreender a importância de sua missão, Judas teria se retirado para meditar no deserto.

A infância de Cristo

Evangelhos mostram lado humano e divino
A literatura apócrifa conta várias histórias sobre a gravidez de Maria e os primeiros anos de vida de Jesus. É uma tentativa de preencher a lacuna da Bíblia, que faz uma única referência à infância do Messias, quando ele visita o Templo de Jerusalém, aos 12 anos. O Evangelho do Pseudo-Mateus, do século 3, conta que o menino fazia milagres ainda na barriga da mãe e que, desde criança, usava seus poderes para curar doentes e ressuscitar os mortos. Mas, quando irritado, ele se comportava como uma criança mimada e vingativa. Certo dia, um menino o derrubou no chão. Jesus então ordenou: “Caia morto!”, e o amigo morreu. Depois, arrependido, o fez ressuscitar. Um de seus passatempos preferidos seria criar seres de barro e lhes dar vida com um sopro. Essa faceta de Jesus pode assustar quem lê os apócrifos. Mas, para teólogo Jacir de Freitas, ela deve ser compreendida no contexto em que o livro foi escrito. “A intenção é mostrar que Jesus tem um lado humano e outro divino, o que é um reflexo de uma época em que a Igreja discutia qual era a natureza do filho de Deus.”

O quinto evangelho

Historiadores acreditam que Evangelho de Tomé seja inspiração de 3 dos canônicos
O Evangelho Segundo Tomé, do apóstolo que precisava “ver para crer”, é o mais polêmico do acervo de Nag Hammadi. O manuscrito contém 114 parábolas e frases atribuídas a Jesus. As citações são semelhantes às da Bíblia, mas refletem o pensamento gnóstico. Nele, Jesus aparece como um mestre mais místico, que orienta os discípulos a reconhecer sua identidade divina e a buscar Deus em qualquer lugar. Ele foi excluído, apesar de ter sido escrito por volta dos anos 60 e 70 do século 1, mesma época dos evangelhos que entraram para o cânone sob a justificativa de serem os relatos mais antigos do messias. Os pesquisadores chamam esse apócrifo de Quinto Evangelho e suspeitam que ele seja o famoso Fonte Q, escrito nunca achado que teria sido a base de 3 dos 4 evangelhos canônicos. Se isso for verdade, os textos bíblicos são adaptações desse apócrifo, dono dos verdadeiros ensinamentos de Cristo.

terça-feira, 24 de abril de 2012

FBI adverte que 350 mil computadores podem ficar sem internet em julho


Mais de 350 mil internautas de todo o mundo podem perder seu acesso à rede a partir de 9 de julho, quando o FBI apagará os servidores temporários que foram ativados após a descoberta de uma importante trama de pirataria.

A polícia federal americana criou um site (www.dcwg.org), que permitirá aos usuários determinar se seus computadores podem estar entre os afetados pela trama, informou nesta segunda-feira um porta-voz do FBI à cadeia "CNN".
A interrupção se inscreve na operação "Ghost Click", que em novembro levou à detenção de seis cidadãos estonianos acusados de fraude, ao infectar centenas de milhares de computadores no mundo todo com um código malicioso nomeado "DNS Changer", que facilitava a entrada de vírus no sistema.
Segundo o FBI, os hackers utilizaram esse acesso para manipular a publicidade na rede, com o que ganharam até US$ 14 milhões em receitas ilegais.
A agência federal calcula que cerca de 350 mil computadores seguem infectados, entre eles 85 mil nos Estados Unidos, onde o vírus chegou até à computadores da NASA.
Ao desmantelar a trama, o FBI ativou servidores temporários para evitar a interrupção imediata de muitos dos usuários infectados, a fim de dar tempo a eles para limparem seus arquivos.
Em 9 de julho, a agência apagará definitivamente esses servidores, pelo que os usuários de todo o mundo devem comprovar no novo site se o seu computador é um dos afetados. EFE

quarta-feira, 4 de abril de 2012

A Era dos Computadores está chegando ao fim?


Especialistas prenunciam.

O computador morreu. Chegou a era dos tablets

O reinado do PC está chegando ao fim. Grandes marcas, como Apple, Samsung, Dell e HP, estão prestes a trazer para o Brasil seus tablets. E eles vão mudar a forma de vender, de trabalhar e de se divertir

Veja o vídeo.


sábado, 11 de fevereiro de 2012

Reator de plasma transforma lixo em energia


Redação do Site Inovação Tecnológica
Reator de plasma transforma lixo em energia

No futuro, o lixo urbano poderá iluminar residências. Para que esta previsão se concretize, pesquisadores do IPT e do ITA, com apoio da Fapesp, uniram esforços num projeto que estuda o tratamento do lixo municipal, hospitalar e industrial para produção de energia.

Reator de plasma

O processo formulado utiliza plasma gasoso (gás aquecido por descarga elétrica, com temperaturas muito elevadas, acima das obtidas na combustão) como fonte de calor para converter energia elétrica em energia térmica para gaseificar o lixo.

Introduzido no reator a plasma, o lixo se degrada e gaseifica gerando gases menos poluentes do que os obtidos em processos usuais de tratamento de resíduos, como em aterros sanitários ou incineração.

Reciclagem ou queima

Antonio Carlos da Cruz, pesquisador envolvido no projeto, destaca que a maior vantagem do processo está na eficiência para resolver o problema do lixo. "Primeiramente, ainda consideramos a reciclagem como método mais eficaz para a economia de energia; mas para os materiais que não podem mais ser reciclados esta é, na nossa visão, a melhor maneira de lidar com o problema."

O pesquisador explica que os aterros sanitários geram gás carbônico (CO2) e metano e que este segundo gás é ainda pior que o primeiro como causador do efeito estufa. "O efeito de um litro de metano equivale ao prejuízo de 21 litros de CO2. Este processo que estudamos ainda produz CO2, mas já está livre dos malefícios do metano", exemplifica.

Queima sem cinzas

Além disso, o processo, por utilizar temperaturas mais elevadas, dificulta a formação de dioxinas (as substâncias mais tóxicas conhecidas) geradas nos processos térmicos para tratamento de resíduos, principalmente na incineração. O novo método traria a vantagem de fundir e tornar inertes os materiais inorgânicos presentes no lixo, sem gerar cinzas e propiciando o reaproveitamento das sobras na fabricação, por exemplo, de pisos.

Os pesquisadores alertam que o estudo ainda não determinou qual será a margem exata da produção de energia. Porém, mesmo que a energia gerada supra somente a energia necessária para realimentar o processo, já será um avanço, ajudando a dar um fim adequado ao lixo, que é atualmente um dos grandes problemas ambientais.

O reator de plasma encontra-se em fase final de desenvolvimento e, segundo a previsão dos pesquisadores, ele deverá se tornar em breve uma unidade-piloto.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Como o iBooks 2 deve influenciar as empresas



Lançada em, 19/1, atualização do software de livros eletrônicos da "maçã" promete mudar muita coisa além dos livros didáticos nas escolas

A Apple lançou ontem, 19/1, o update iBooks 2, que expande seu famoso aplicativo, explorando recursos como itens em 3D e vídeos, e abre caminho na App Store para livros didáticos interativos. Os esforços têm como objetivo fornecer aos estudantes materiais dinâmicos e interativos de aprendizado.

Apesar de o foco ser o mercado educacional, o iBooks 2 também terá um impacto sobre as pequenas empresas. Veja abaixo algumas maneiras como o iBooks 2 bem-sucedido pode influenciar seu negócio:

1. Criação de conteúdo
A Apple lançou um aplicativo gratuito chamado iBooks Author, que, segundo ela, permite criar  “livros lindos em tela cheia; animações interativas, fotos, diagramas, vídeos; navegação rápida e fluida; marcação de texto e anotações. O app não é apenas para livros didáticos, uma vez que a Apple sugere que ele é ótimo para “livros de receitas, de história, de imagens, e mais”.

A ferramentas inclui templates, funciona pelo meio de gestos de mouse de arrastar e soltar, e permite que widgets sejam incluídos nos livros para habilitar galerias de fotos, vídeos, slideshows e objetos 3D. Para as empresas, essa pode ser uma ótima ferramenta para a criação de materiais profissionais e manuais de treinamento – ou, se a sua companhia fornece conteúdo, uma nova maneira de gerar e vender suas mídias, utilizando todo o potencial de distribuição de conteúdo da Apple.

2. Treinamento de funcionários
Se o iBooks 2 for bem-sucedido, à medida que os educadores migrarem os livros de papel em direção à mídia digital, espere que outros tipos de treinamento venham a seguir. A mudança provavelmente será parecida com mudar de apresentações com projetor para slideshows no PowerPoint.

Uma vez que você viu uma apresentação no PowerPoint, um conjunto de transparência não é mais comparável. Qualquer treinamento que sua empresa fornecer provavelmente terá o formato com o qual os seus funcionários recém-saídos da faculdade estarão familiarizados. Ter as ferramentas para combinar isso tudo em um formato facilmente digerível será conveniente. Precisar se voltar para informações estáticas e tediosas será um trabalho extra.

3. Demanda por tablets
Os tablets estão em ascensão, e usá-los como livros didáticos será mais uma forma pela qual todo estudante acabará usando um deles. Espere por ofertas semelhantes dos rivais da Apple, e que os tablets eventualmente tornem-se um material escolar padrão. Da mesma maneira que quase todo estudante universitário precisa de um notebook atualmente, em breve eles todos precisarão de tablets. Uma vez que estiverem no ambiente de trabalhado, e tendo sido treinados em um tablets, eles vão esperar usar um tablet para as tarefas diárias. As empresas não deveriam pensar em "acomodar os tablets", mas em adotá-los como uma importante ferramenta de trabalho.

4. Demanda pela Apple
O iPad atualmente domina o mercado de tablets, com mais de 70% de participação no mercado. A concorrência está melhorando e lançando mais opções, mas é possível que essa liderança inicial da “maçã” continue ainda por algum tempo.

Como aconteceu com o mercado de músicas, a Apple pode permanecer no controle, e se isso acontecer, espere por uma maior demanda pelos produtos da Apple nas empresas. Primeiro o iPhone e então o iPad eram vistos como "itens de entrada”, induzindo os usuários para o ecossistema da Apple e fazendo-os querer mais produtos da fabricante. À medida que os estudantes forem expostos aos produtos da Apple quando crianças, eles vão crescer esperando usá-los no trabalho também.

5. Funcionários melhores?
Por que mudar do papel para a mídia digital? Para a Apple e suas rivais, há certamente um ganho financeiro nisso. A partir de um ponto de vista pedagógico, será que um tablet vai ser uma melhor ferramenta educacional do que um livro de papel?

Talvez uma mudança na ferramenta e a adição de multimídia não faça diferença. A adição de áudio, vídeo, imagens e widgets poderia fornecer uma experiência passiva pela qual os estudantes apenas assistem às luzes flamejantes e os objetos em movimento e não aprendem nada.

No entanto, esperançosamente a capacidade de transmitir informações no formato mais rico possível vai encorajar os estudantes, melhorando sua educação ao facilitar para eles a absorção de informações. E com mais estudantes se formando e entrando para o mercado de trabalho, as empresas terão uma reserva mais forte para escolher suas contratações, o que beneficia todos os tipos de negócios.